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Vamos abordar um tema de grande relevância quando falamos de feridas e suas estratégias para promover a cura e prevenir infecções em lesões.
O Controle Microbiano em lesões seja ela aguda ou crônica e um desafio, devido as feridas infectadas tornarem o processo de cicatrização mais lento e oneroso em comparação às feridas não infectadas. Por tanto o diagnóstico precoce da feriada infectada é uma estratégia ouro para prevenir e otimizar o processo de cicatrização, além de reduzir custos.
A transição de feridas não infectadas para infectadas costuma ser gradual. Identificar este processo de mudança tende a ser um desafio para os profissionais, que podem se deparar com uma variedade de sinais e sintomas, dependendo da etiologia, local da ferida, comorbidades e bem-estar geral do paciente (EWMA, 2005).
Os sinais e sintomas clássicos de infecção da ferida são:
• Eritema;
• Edema;
• Rubor;
• Odor;
• Aumento da dor;
• Aumento do exsudato;
• Atraso na cicatrização;
• Tecido de granulação friável;
O paciente deve ser encaminhado a um especialista em tratamento de feridas, quando um ou mais dos seguintes fatores estiverem presentes:
• Piora da condição da ferida ;
• Seguido plano de tratamento, mas a ferida não está cicatrizando ou está se deteriorando;
• Falta de progressão da cicatrização da ferida em 14 dias;
• Há suspeita ou sinais de infecção sistêmica ou biofilme;
• Comorbidades e outras complicações (ou seja, diabetes, estruturas subjacentes como osso exposto ou tendões, etiologia da ferida desconhecida);
Visando obter um melhor diagnóstico da ferida infectada deve ser usando sinais e sintomas clínicos, seguidos por uma cultura da ferida que pode ajudar a identificar os organismos causadores do processo infeccioso que estão retardando a cicatrização.
As principais estrategias no tratamento de infecções em feridas consistem em :
• Limpeza da ferida rigorosa em cada troca de curativo;
• Técnica asséptica na realização do curativo;
• Uso de coberturas adequadas para o leito da ferida;
• Realizar o desbridamento em toda superfície do leito da lesão e tecido circundante não viável ou doente com intuito de interromper a carga microbiana e evitar que o biofilme volte a se estabelecer;
• Gerenciar o exsudato entre o leito da ferida e o curativo;
• Monitorar o avanço da ferida e reavaliá-la continuamente para ver se a ferida está atingindo suas metas de tratamento;
• Educação continuada do paciente;
• Se houver sinais de uma infecção sistêmica, iniciar administração de antimicrobianos.
Bibliografia :
- SWANSON, Terry; KEAST, Dr. David; BAIN, Kimberly; BAIN, Mark. Prevenção e tratamento de infecções em feridas: traduzindo evidências e recomendações em prática, [s. l.], 2020. Disponível em: https://www.coloplastprofessional.com.br/globalassets/hcp/pdf-file/v2/brazil/prevencao-e-tratamento-de-infeccoes-em-feridas_traduzindo-evidencias-e-recomendacoes-em-pratica-1.pdf.
- LIMA, Gabriella. Identificação de microrganismos para controle de infecção em ferida crônica, [s. l.], 2019. Disponível em: https://www.repositorio.ufal.br/bitstream/riufal/6313/1/Identifica%C3%A7%C3%A3o%20de%20microrganismos%20para%20controle%20de%20infec%C3%A7%C3%A3o%20em%20feridas%20cr%C3%B4nicas.pdf.