Fala galera… tudo bem com vocês? Já falamos bastante sobre diversos assuntos por aqui, mas um tema que tenho observado grande dificuldade está relacionado a construção do consentimento informado em procedimentos, por isso optamos por fazer um breve resumo explicando pontos importantes deste assunto e assim, fomentar a discussão e a criação de documentos que sirvam a essa necessidade.
A confidencialidade do paciente e o consentimento informado são essenciais para prática do cuidado em enfermagem, fundamentando-se em padrões morais da prática profissional que englobam padrões éticos que assentam num conceito de moral básico, dentre esses conceitos destaca-se a autonomia, em que o paciente configura-se como participante ativo em seu processo de cuidar, tendo o direito de decidir livremente sobre o seu corpo.
A partir deste conceito de autonomia o consentimento informado assume um papel importante pela capacidade de decidir livremente.
Diante disso, esse texto tem como objetivo auxiliar você, profissional de enfermagem a organizar um termo de consentimento informado, mas para isso precisamos compreender a importância que ele tem para nossa prática clínica.
A confidencialidade envolve a obrigação dos profissionais de saúde de manter informações pessoais e médicas do paciente em segredo, a menos que o paciente dê consentimento para a divulgação. Essa prática é protegida por leis locais e internacionais de privacidade de dados.
No contexto dermatológico, isso inclui todos os registros de tratamentos, fotografias e outros dados pessoais coletados durante as consultas.
E o Consentimento informado, o que é? É o processo pelo qual um paciente recebe informações adequadas e compreensíveis sobre seu estado de saúde e as opções de tratamento disponíveis, permitindo que faça uma escolha informada.
Elementos Cruciais:
Compreensão: O paciente deve entender as informações que lhe são apresentadas, o que pode exigir o uso de termos simplificados e explicações detalhadas.
Voluntariedade: O consentimento deve ser dado sem pressão ou coerção.
Competência: O paciente deve estar em condições de tomar decisões, o que inclui estar mentalmente apto e maior de idade, a menos que um representante legal esteja envolvido.
- Tratamentos: Cada tipo de procedimento, como tratamentos a laser e outros, requer explicações específicas sobre os riscos, benefícios, alternativas e possíveis resultados.
- Fotografia: A obtenção de fotografias, especialmente em áreas expostas ou sensíveis, requer consentimento explícito, destacando como as imagens serão usadas e armazenadas.
Deve-se documentar o consentimento informado através de formulários específicos que registrem a compreensão e aceitação do paciente. Estes documentos devem ser arquivados juntamente com o histórico médico do paciente.
O consentimento deve ser revisado e renovado periodicamente, especialmente para tratamentos de longa duração ou que envolvam múltiplas sessões.
Devemos procurar treinamentos constantes sobre as melhores práticas em confidencialidade e consentimento informado, para garantir transparência e respeito, tendo sempre os direitos dos pacientes priorizados e protegidos.
Outra questão importante são os dilemas éticos com pacientes e ou familiares que optem por não divulgar as informações, para isso precisamos não apenas de sensibilidade, mas também de conhecimento das normas éticas e legais. Principalmente observando que a percepção de privacidade varia de individuo para individuo, isso torna a clareza das informações crucial para que o atendimento seja respeitoso e adequado às necessidades daquele individuo.
Esperamos que este conteúdo lhe ajude a compreender a importância do consentimento informado e da confidencialidade e lhe dê algumas ferramentas para que você possa implementar em sua prática clínica, seja ela no home care, no consultório ou em uma clínica.